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terça-feira, 12 de março de 2013

A missão do Prefeito


Um governo começa no contrato firmado com o eleitor

Inicialmente uma questão se impõe: qual a função de um prefeito? Mais ainda, não só o prefeito, mas a função dos governantes? De um modo geral, existem várias expressões de poder: o guerreiro, que briga pelo seu município, pelos seus representados; o administrador, que toma conta do dinheiro público, do dinheiro de todos, que, austero, faz mais com menos; o representante, que advoga para seus governados; o conselheiro, que os cidadãos querem sentir presente.

De certa forma, todo governante encarna, mais ou menos, um ou mais destes perfis. Seja qual for à identificação que a comunidade estabeleça com seu administrador, ele deve estar apto a alinhar: vontades, direções, diagnósticos. Potencializar o que naturalmente permaneceria disperso.

Assim podemos elencar alguns exemplos de valores que podem ou devem ser perseguidos por um bom gestor, dentre eles: inclusão, empreendedorismo, regra, qualidade. Juntos, conformam um fazer bem feito em qualquer ação que se busque.

Essa ordem de valores e fatores jamais resulta de improviso, nasce ainda na candidatura. Um governo começa na campanha, porque eleição numa visão popular é um contrato, em que o povo paga à vista – vota – e recebe a prazo. É necessário, pois, estabelecer metas que favoreçam o bem estar, ou seja, a estabilidade sócio-politico-econômica e cultural dos munícipes.

Nessa perspectiva, a eleição deve ser aproveitada para impulsionar, canalizar forças da sociedade em direção a o que o candidato tem em mente. Um bom diagnóstico faz parte disso.

No entanto, para assumir as diversas problemáticas que surgem na administração de um município e exercer a liderança com firmeza, o prefeito deve está intelectualmente preparado, tendo em mente, o que deverá contribuir e o que terá como resultados, dos quatro anos em que estiver à frente do município.

Dessa forma, torna-se imprescindível ter clareza do que é ganho pessoal e do que é prestação de serviço à comunidade que o elegeu.

Procedendo assim, será possível eliminar muitos problemas. Procedimentos como: suscitar e manter em sua equipe um forte sentimento de missão Ter bem claro tais questionamentos: Onde vou chegar? O que vou entregar à população; Qual serviço vou prestar? Quando esse enlace perde, os governos padecem de apatia?

Ao longo do caminho, o administrador tem que ter em mente duas curvas: a da credibilidade e a da popularidade. Quando eleito, credibilidade e popularidade estão no mesmo patamar. Por quê? Porque o eleitor vota acreditando na pessoa. Com o tempo, essas curvas mudam. A de popularidade desce e sobe ao sabor do que está incomodando ou não o cidadão. Dependendo das atitudes e decisões do prefeito, a da credibilidade tende a cair. Sendo assim o melhor não seria tentar segurar a curva da popularidade à custa da credibilidade.

Trata-se de grave erro: credibilidade é capital caro e valioso. Em uma campanha, o candidato sempre passa quatro ou cinco imagens. Governos também. São quatro ou cinco características pelas quais o governante será lembrado. É preciso elegê-las e explorá-las junto com toda a equipe que o auxilia. Credibilidade deve estar entre elas.
Luciano Santana - empresário e acadêmico de Administração

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