Ação de fiscalização faz parte de um projeto piloto liderado pela Prefeitura Municipal e pelo governo do Estado
Uma nova ação da Polícia Militar, juntamente com a Guarda Civil Municipal, técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano (Seuma), além de fiscais das Secretarias Executivas Regionais (SERs) e da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC), resultou no fechamento de 100 bares em Fortaleza.
A blitz foi realizada nos bairros mais perigosos e, com a atuação da Polícia Militar, o número de homicídios caiu de 35 para 25 em uma semana Foto: Kiko Silva
A blitz foi realizada em bares e restaurantes dos 24 bairros mais perigosos e com maior incidência de criminalidade na Capital, durante os dias 8, 9 e 10 de março e também nos dias 15, 16 e 17 do mesmo mês.
Os principais problemas observados pelas equipes foram falta de alvará, alvará vencido e presença de paredões de som ou som acima do permitido pela lei, além da ocupação do espaço de forma errada, como cadeiras na calçada, por exemplo.
Outros pontos levados em conta pelas equipes é se o local apresentava registro da Vigilância Sanitário e o certificado do Corpo de Bombeiros. Os 100 bares fechados só poderão ser reabertos quando corrigirem as falhas e estiverem de acordo com as exigências.
A operação, que se trata de um projeto piloto comandado pela Prefeitura Municipal e pelo governo do Estado, tem o objetivo de fiscalizar bares e restaurantes da cidade durante os fins de semana, das 19h à 1h, nas sextas-feiras e aos sábados, e das 17h às 23h, aos domingos.
Projeto fixo
A expectativa das entidades envolvidas é que ela seja um projeto fixo na segurança da cidade, porém, nada ainda foi confirmado pelos líderes. Conforme o titular da Guarda Municipal, Francisco Veras, a atuação do órgão e da Polícia Militar tem sido de extrema importância, já que os bairros fiscalizados são os mais perigosos da Capital.
"Como são locais mais afastados, os policiais têm mais facilidade de entrar sem gerar grandes problemas, e isso também facilita o trabalho da Seuma e das Regionais", explica. Com a atuação da Polícia Militar, o número de homicídios caiu de 35 para 25, na primeira semana. Já na segunda semana, foram registradas 23 mortes intencionais.
"Acreditamos que o número foi menor porque houve uma fiscalização mais atenciosa nesses bares. Sabemos que praticamente toda criminalidade começa com bebida e drogas. Dando mais atenção a isso, juntamente com a exigência de alvarás e conformidade com o Corpo de Bombeiros, certamente faremos um bom trabalho de ordenamento nesses locais, o que será melhor para população", acredita Veras.
Ampliação
Apesar de abranger somente as Regionais I, IV, V e VI, a previsão do coronel do Ronda do Quarteirão, Paulo Sérgio Braga, é que a operação se estenda às demais localidades de Fortaleza. O próximo passo é chegar ao Centro, outro local bem problemático, na opinião do coronel, e, posteriormente, à regional II.
No próximo fim de semana, com a inclusão da regional do Centro nas fiscalizações, a blitz espera chegar em mais três bairros, totalizando 27, desde o começo da ação. "Como estamos, a cada fim de semana, agregando mais bairros, nosso objetivo é daqui a 15 dias chegar a todos os bairros de todas as regionais da cidade", declara Braga.
Outro foco da ação é o feriadão da Semana Santa que, conforme o coronel, é um dos mais violentos do ano. Entretanto, a operação ainda não foi confirmada para o período.
Embora haja o trabalho das equipes, o coronel do Ronda do Quarteirão alerta para a importância das denúncias. Elas podem ser feitas pelo 190 ou pelo 3105.6580.
LÍVIA LOPES
REPÓRTER
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