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sábado, 6 de junho de 2015

Barcelona e Juventus decidem o título da Liga dos Campeões da Europa


A Liga dos Campeões é um torneio único e saboroso, recheado de história, pompa e craques, algo que os maiores times do Velho Continente ambicionam abocanhar ano após ano. Após derrubar os outros "gulosos" na corrida repleta de obstáculos deste ano, Barcelona e Juventus se candidatam a levantar a "Orelhuda" da 60ª edição da competição. O duelo final está marcado para hoje no Estádio Olímpico de Berlim, às 15h45 (Brasília).

Barça e Juve chegam à decisão inédita respaldados pelas taças nacionais e comandados por estreantes jovens e esfomeados por títulos. Na Espanha, Luis Enrique, em seu primeiro ano, arrastou a Liga Espanhola e a Copa do Rei, dobradinha que o time da Catalunha não conquistava desde 2008-2009. A cerca de 790 km de distância, na cidade de Turim, Massimiliano Allegri também iniciou sua trajetória em "La Vecchia Signora" com tudo. Nesta temporada, o clube alvinegro ampliou o domínio no futebol italiano com o tetra da Serie A e o fim do jejum na Copa da Itália após 20 anos.

Suárez, Neymar e Messi são as estrelas do ataque do Barça

Agora, os olhares dos dois treinadores convergem para o mesmo sonho. "Melhor que ganhar a Champions é chegar ao 'Triplete'. Estamos muito entusiasmados em conseguir esse feito", destaca o "culé" Luis Enrique. "O 'Triplete' é um sonho e uma chance. Uma única corrida contra o time mais forte do mundo. Quando você joga contra o Barcelona em dois jogos tem menos chance, mas na corrida única tudo pode acontecer", afirma Allegri.

ATAQUE x DEFESA
Grande parte da atenção dos espectadores da final estará voltada para um lado do campo. Quem levará a melhor, o estelar e poderoso ataque do Barça ou a parede criada pela defesa mais que entrosada da Juve?

O "Trio MSN", Messi, Suárez e Neymar, balançou as redes 117 vezes e ainda deu 50 assistências para gols do Barça. Contando apenas a Champions, o ataque titular marcou 25 tentos (mais de 89% do total de gols) e participou de nove assistências.

Os números demonstram não só a efetividade ofensiva do trio, mas também a importância do jogo coletivo do esquema de Luis Enrique. Apesar de não buscarem invadir a grande área adversária com frequência (como Xavi e Iniesta faziam no "Triplete" de 2009), os meias mais ofensivos, Iniesta e agora Rakitic, rodam a bola no meio campo, com o apoio dos três atacantes (um por vez, enquanto os outros dois permanecem na frente), dos alas Daniel Alves e Alba e até do volante Busquets, fazendo lançamentos nas costas da defesa.

Se a marcação da outra equipe encaixa, o jeito é apelar para o individual. Messi costuma ser o mais inspirado com lances de "videogame", mas Suárez e Neymar não deixam a desejar e podem tirar um coelho do cartola a qualquer momento da partida. O excesso de talento não permite que os rivais marquem no homem a homem.

Pirlo é o maestro da equipe italiana ao lado de Buffon e Tévez 

Já a Juventus conta com uma defesa consagrada no clube e base da seleção italiana, com Buffon no gol, Bonucci e Chiellini na zaga central e Pirlo e Marchisio entre os volantes. O experiente lateral-esquerdo Evra chegou para acrescentar, e os meias Pogba e Vidal compõem um meio- campo que marca e sabe jogar.

Na Liga dos Campeões, a marcação total de Allegri foi furada apenas sete vezes e fechou ainda mais na reta decisiva da competição, quando segurou o Monaco e o Real Madrid fora de casa. Na Serie A italiana, foram 24 gols sofridos em 38 jogos.

O sucesso de um time não se faz sem gols. Apesar de ter a artilharia menos centralizada nas peças de ataque, o time bianconero tem no argentino Tévez (29 gols na temporada) a principal esperança e em Morata o amuleto de sorte.

SAIBA MAIS
'TRIPLETES' NA EUROPA
Os outros times que conseguiram o 'Triplete' foram Celtic (1966/67), Ajax (1971/72) PSV: (1987/88) Manchester United (1998/99) Barcelona (2008/09) Internazionale (2009/10) e Bayern de Munique (2012/13)

TAÇAS
Títulos do Barça: 4 (1992, 2006, 2009 e 2011) Títulos da Juve: 2 (1996 e 1985)

REENCONTROS
Messi e Tévez, supostamente rivais na seleção argentina, voltam a se reencontrar. Um outro embate que estava marcado era entre Suárez e o alvo da famosa mordida na Copa de 2014, o italiano Chiellini, mas acabou cancelado devido a uma lesão que tirou o zagueiro da final. O uruguaio, porém, verá de novo o lateral Evra, rivais de outros "carnavais" nos tempos de futebol inglês

(Colaborou Messias Borges)


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