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sexta-feira, 5 de junho de 2015

Câmara de vereadores afasta prefeito de Canindé

Celso Crisóstomo é acusado de desviar recursos da iluminação pública.
Gestor nega acusações e disse que vai entrar com recursos.

A câmara de vereadores de Canindé,  a 120 quilômetros de Fortaleza, decidiu afastar por 90 dias o prefeito do município, Francisco Celso Crisóstomo Secundino (PT), após denúncias de improbidade administrativa e desvio de recursos da iluminação pública. A decisão ocorreu em votação na manhã desta sexta-feira (5), com 11 votos contra quatro favoráveis ao afastamento do gestor. Com o afastamento, assume o vice-prefeito, Paulo Justa (PPL).

Na terça-feira (2),  O juiz da 2ª Vara da Comarca de Canindé, Antonio Josimar Almeida Alves, determinou a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, proibição de contratar Poder Público, ressarcimento de R$ 3,4 milhões e a indisponibilidade dos bens do prefeito e outros gestores do município pela prática de atos de improbidade administrativa pelo desvio de receitas referentes a Contribuição de Iluminação Pública (CIP).

A decisão judicial atendeu a pedido do Ministério Público do Estado do Ceará, que instaurou uma Ação Civil Pública (ACP) após constatar que o município de Canindé, nos anos de 2013 e 2014, utilizou, sem autorização legal, os valores depositados na conta vinculada da CIP para o pagamento do consumo de energia elétrica de prédios públicos, para repasse a um consórcio de saúde e para quitar parcelamento de dívidas do município, causando prejuízo ao erário e ao sistema de iluminação pública de Canindé.

PREFEITO AFASTADO NEGA ACUSAÇÕES 
O prefeito Celso Crisóstomo disse ao G1 que já foi notificado pela Justiça e pela Câmara de Vereadores de Canindé e nega todas as acusações. O gestor afastando afirmou que vai entrar com recurso para reassumir o cargo e provar que não tem relação com as irregularidades apontadas pelos órgãos.

"Não desviei verbas e paguei somente o consumo de iluminação dos prédios públicos com o dinheiro do DIP. Recebi hoje a notificação da Justiça e agora tenho espaço para entrar com embargas. Mesmo assim, a Câmara decidiu fazer a votação, até porque há vereadores sob suspeita de receber dinheiro para votar pelo meu afastamento", acusou.

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